...
Caros(as) companheiros(as)
Venho por este meio manifestar o meu total descontentamento com certas e determinadas situações que me têm tirado o tão carecido sossego que na minha vida vilmente se impunha neste momento.
Depois de intempestivas noites de excessos e descomedimentos não posso deixar de me inquietar com o espírito consumista, capitalista e antí-naturista que vejo começar a arvorar no seio deste, outrora genuíno grupo.
Recordo-me com saudade de como tudo começou.
Éramos "apenas" um grupo de autênticas almas que corriam de calções e havaianas na mão pelas praias desertas da Costa Vicentina! Desprendidos de bens materiais, consumíamos apenas o que a natureza tinha na hora para nos ofertar, ainda cheiro o perfume dos orégãos que condimentavam os caracóis que saboreávamos ao entardecer, sinto ainda a frescura das coloridas saladas do Natura ou mesmo o vinho, certamente acabado de pisar com que o saudoso Ilídio nos brindava. Recordo-me dos banhos frescos que desfrutava-mos quando alegremente chegávamos às nossas humildes tendas e onde repousávamos, cansados da jornada, sobre o bem FINO colchão que parecia ter vida própria quando durante noite (ou dia) parecia à força querer da tenda sair. E atentem ao exemplo dos camaradas Sardinha e Luís que voluntária e alegremente trocaram o conforto de um qualquer luxuoso e sossegado quarto de hotel pelo terno despertar que os nossos graciosos vizinhos insistiam em nos proporcionar com as suas repetidas manifestações de carinho logo pela manhã para com os seus amorosos petizes.E são estas memórias que me dão alento para escrever esta mensagem, na esperança de que nos vossos corações exista ainda um pouco daquelas personagens desprendidas e sóbrias, sim. principalmente e acima de tudo sóbrias!!!
Índa onte, ou ontonte ouvi alguém dizer que deveríamos deixar os empregos e formarmos um aldeamento rural, vivermos da agricultura biológica. Que é feito dessas pessoas com ´o´ grande que conheci aqui àtrasado???
O meu coração aperta quando ouço este grupo que um dia conheci puro, falar em euros, contas bancárias, viagens e festas. Ainda por cima no Poooorto. Indecorosa capital do consumismo, símbolo incontornável do imperialismo, ostentando no seu peito as consecutivas e infinitas taças, conquistadas sobre os Humildes, Submissos e Fracos mouros que também aclamam terem sido grandes! No tempo dos seus avós!!! Está bem, eu vou!!! E já agora este fim-de-semana, o que se faz?
O Pélé convida toda esta harmoniosa trupe de bêbados a ir à feira do leitão em Águeda e a ficar em casa dele, comprometendo-se a fechar os seus progenitores, bem fechadinhos, na casa de banho durante a nossa permanência. E por falar em pais e fechar, Susana, escusado será dizer que ficaremos todos em tua casa durante as comemorações do fim-de-semana seguinte, isto, para deleito dos teus pais claro. E já agora, é favor não esquecer o churrasquinho!!!
No que diz respeito às diligências a tomar em relação ao camarada Nuno e uma vez que, como é sabido, ele gosta que lhe batem e que lhe metem, proponho que como repreensão este seja privado desses seus estranhos devaneios enquanto na nossa companhia.
Em relação à não comparência do companheiro Filipe Nunes, julgo que a sua ausência foi contrabalançada pelo facto deste ter marcado presença na emblemática Festa do Avante, o que na minha opinião se pode tornar uma mais valia para o grupo, na medida em que o pode enriquecer com nobres ideais de liberdade, harmonia e companheirismo, valores que são seguramente concordantes com os que alicerçam este grupo, quase comunidade.
No cabeçalho deste mail podem encontrar os contactos dos até agora incontactáveis, mas não menos importantes camaradas: Filipe Nunes, Rui Sardinha e Luís Borges, ficando ainda em falta o do (contacto, compreenda-se) companheiro Rui.
Sem mais de momento, despeço-me assim de todos vós, esperando pacientemente, ou não, pelas próximas celebrações...
Até lá... avante camaradas, avante!!!
Glossário:
Havaianas - Finos
Orégãos - Cigarros
Caracóis - Finos
Saladas - Cervejas
Vinho - Vinho
Filipe Nunes - Pélé
Venho por este meio manifestar o meu total descontentamento com certas e determinadas situações que me têm tirado o tão carecido sossego que na minha vida vilmente se impunha neste momento.
Depois de intempestivas noites de excessos e descomedimentos não posso deixar de me inquietar com o espírito consumista, capitalista e antí-naturista que vejo começar a arvorar no seio deste, outrora genuíno grupo.
Recordo-me com saudade de como tudo começou.
Éramos "apenas" um grupo de autênticas almas que corriam de calções e havaianas na mão pelas praias desertas da Costa Vicentina! Desprendidos de bens materiais, consumíamos apenas o que a natureza tinha na hora para nos ofertar, ainda cheiro o perfume dos orégãos que condimentavam os caracóis que saboreávamos ao entardecer, sinto ainda a frescura das coloridas saladas do Natura ou mesmo o vinho, certamente acabado de pisar com que o saudoso Ilídio nos brindava. Recordo-me dos banhos frescos que desfrutava-mos quando alegremente chegávamos às nossas humildes tendas e onde repousávamos, cansados da jornada, sobre o bem FINO colchão que parecia ter vida própria quando durante noite (ou dia) parecia à força querer da tenda sair. E atentem ao exemplo dos camaradas Sardinha e Luís que voluntária e alegremente trocaram o conforto de um qualquer luxuoso e sossegado quarto de hotel pelo terno despertar que os nossos graciosos vizinhos insistiam em nos proporcionar com as suas repetidas manifestações de carinho logo pela manhã para com os seus amorosos petizes.E são estas memórias que me dão alento para escrever esta mensagem, na esperança de que nos vossos corações exista ainda um pouco daquelas personagens desprendidas e sóbrias, sim. principalmente e acima de tudo sóbrias!!!
Índa onte, ou ontonte ouvi alguém dizer que deveríamos deixar os empregos e formarmos um aldeamento rural, vivermos da agricultura biológica. Que é feito dessas pessoas com ´o´ grande que conheci aqui àtrasado???
O meu coração aperta quando ouço este grupo que um dia conheci puro, falar em euros, contas bancárias, viagens e festas. Ainda por cima no Poooorto. Indecorosa capital do consumismo, símbolo incontornável do imperialismo, ostentando no seu peito as consecutivas e infinitas taças, conquistadas sobre os Humildes, Submissos e Fracos mouros que também aclamam terem sido grandes! No tempo dos seus avós!!! Está bem, eu vou!!! E já agora este fim-de-semana, o que se faz?
O Pélé convida toda esta harmoniosa trupe de bêbados a ir à feira do leitão em Águeda e a ficar em casa dele, comprometendo-se a fechar os seus progenitores, bem fechadinhos, na casa de banho durante a nossa permanência. E por falar em pais e fechar, Susana, escusado será dizer que ficaremos todos em tua casa durante as comemorações do fim-de-semana seguinte, isto, para deleito dos teus pais claro. E já agora, é favor não esquecer o churrasquinho!!!
No que diz respeito às diligências a tomar em relação ao camarada Nuno e uma vez que, como é sabido, ele gosta que lhe batem e que lhe metem, proponho que como repreensão este seja privado desses seus estranhos devaneios enquanto na nossa companhia.
Em relação à não comparência do companheiro Filipe Nunes, julgo que a sua ausência foi contrabalançada pelo facto deste ter marcado presença na emblemática Festa do Avante, o que na minha opinião se pode tornar uma mais valia para o grupo, na medida em que o pode enriquecer com nobres ideais de liberdade, harmonia e companheirismo, valores que são seguramente concordantes com os que alicerçam este grupo, quase comunidade.
No cabeçalho deste mail podem encontrar os contactos dos até agora incontactáveis, mas não menos importantes camaradas: Filipe Nunes, Rui Sardinha e Luís Borges, ficando ainda em falta o do (contacto, compreenda-se) companheiro Rui.
Sem mais de momento, despeço-me assim de todos vós, esperando pacientemente, ou não, pelas próximas celebrações...
Até lá... avante camaradas, avante!!!
Glossário:
Havaianas - Finos
Orégãos - Cigarros
Caracóis - Finos
Saladas - Cervejas
Vinho - Vinho
Filipe Nunes - Pélé
posted by Bem Bunito at 6:52 AM
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